quinta-feira, 19 de maio de 2011

Prosa de bar



Garçom venha cá
me traga um trago
daqueles bem fortes
pois hoje a sorte resolveu me abandonar

Eu e o Zé
vamos tomar um "mé"
até a voz embargar
e a perna na outra trançar

A vida me pregou uma peça
dessas sem graça alguma,
Imagine você!A "Creusa" fugiu com o vizinho,
nunca mais vou os ver!

Tudo é difícil trabalhando de peão de obra.
Não sei se choro ou rio de emoção:
tristeza por perder um amor,dói o coração
Porém alegria por ficar sem sogra!

Quer saber?
Eu vou é beber,me afogar
Embriagar o peito,"enxugar"
Só saio dessa mesa quando a cachaça acabar!

Meu peito não sara mais
mas o chifre vou curar
gole atrás de gole com o Zé me acompanhando
o tempo voa,o sol vai raiando

O garçom avisa que tá na hora de fechar
Me levanto pago a conta
me mando pela rua
cantarolando minha pouca sorte,bruto azar!

Lembrei que na raiva pela notícia
joguei as chaves de casa ao ar
me deitei na varanda,com o cão a me cuidar
o sol já estava alto mas nem pensei em acordar

Curado da bebedeira,decido outra vez ir "manguaçar"
pego o rumo do boteco,pra mais umas eu tomar
meu consolo é o copo e o pessoal do bar
Troco coração por mais um fígado,alguém aceita trocar?



Rô Olem

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