terça-feira, 31 de março de 2015

Reaja!



Desse mal eu padeço, confesso
na inércia diária
a salafrária atitude(ou falta dela)
me abraça a violência.

violentado quando pago
quando ligo a televisão
quando vejo algo errado;
estamos no olho do furacão?

E daí há de se pensar:
o que o mundo se tornou?
O que ele escondia?
Por que nunca se mostrou?

Assustado? Acho que não.
Tudo é o que sempre se pensa e foca.
O homem consegue sempre
piorar quase tudo o que toca.

E a esperança, aquela imortal
velhinha teimosa, resiste;
Sempre crente em futuro bom.
Qual o som da paz?

Pás, ratatás, jaz
um pouco mais, a cada dia
nossa agonia se alimenta
e de alguma forma, apascenta o riso

Pois nestes tempos difíceis
creio que alguém tenha afirmado
que sorrir é ato de coragem
selvagem rebelde, em meio ao purgatório

Qual mão quer mesmo ajudar?
Qual delas vai nos dar um último empurrão?
Testar nosso pulso, antes de afirmar:
"Este soube viver, por isso pode voltar!"





Rô Olem

quinta-feira, 12 de março de 2015

Veracidade



Qual é a veracidade das coisas
que não são como você quer?

Esse emaranhado de ondas
no mar da cidade, sociedade
que nem o caos há de entender

Perguntas fáceis, respostas simples
Sussurros, freadas, estampidos, palmadas
Frágeis porcelanas humanas
que nem bem são e já foram

E as dúvidas do que não ensinaram permanecem
Já tentou pensar fora dessa caixa?

Na faixa de comunicação
na era da ordenação
em Gaza, em casa, turbulência
morte rápida, morte lenta

Tenta! Só mais uma vez
a falta de opção e a covardia te impedem algo mais?
Ademais, Alcatraz, coisas incríveis
e vidas banais. Paz?

Como assim, vida obsoleta?
E as borboletas que colorem meu jardim?
Cadê o fim do horizonte?
Cadê o início da água que jorra na fonte?

Seca, ódio, pó
Só sempre segue, meio que abandonado
e se olhar pro lado, desolado
já nem sabe a quem recorrer

Corre então, morre não
Vive tampouco, permeia os loucos
ser livre é pouco, é oco, é osso.
Duro de roer são as correntes...

Duro de arrancar são os dormentes
pesados, adormecidos, esquecidos
penosas, penas rosas, fantasia
a noite, o dia, quem cria essa alegoria?

E a cidade? Vá vê-la!
Traga a cadeira, a rede
pesque seus tesouros
cave pelo ouro, destrua. Destrua!

A beleza nua, intocada
do mundo foi arrancada
e o doido, que gritava recorrente:
"vamos sorrir enquanto ainda tem dente!"

Qual a verdade escondida?
Qual o segredo escancarado?
Jogue os dados, quebre a cabeça
Brinque de soldado, desapareça!

Em frente, enfrente ou pereça
esqueça tudo aquilo, quilo por quilo
desfaça, descanse, repense, em transe
replanta, arranca, começa.....recomece!

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