sábado, 24 de novembro de 2012

Fábula da pequena fagulha





Ela nasceu simples,como toda fagulha: se desprendeu mínima..
Sibilante, pequenina, ela se soltou e partiu, rumo ao que nunca soubera existir.
E nessa jornada, foi aos poucos descobrindo que pequenina, tinha poder e jamais poderiam tirar isso dela!
Uma vida que parecia tão efêmera, que não aparentaria durar mais que alguns segundos e mesmo assim ela abriu bem os olhos seguindo com o vento!
Dançou, até quase perder o brilho na escuridão...
Até que encontrou outras fagulhas assim como ela.E sorriu.
Percebeu então, que podia sonhar.
E sonhou...
Sonhou que podia ser maior.
Tentou alcançar o sopro de vento mais alto e que a levasse mais distante, pra que não acabasse próxima de onde partira.
Conseguiu por algum daqueles acasos da vida, ser levada além do que imaginava.
Num dia, foi tocha.No outro, foi fogueira e no outro vela.
E na chama da vela pode observar, que o calor servia para amar.
Observou um casal, enquanto se acabava aos poucos, no pavio.
Sentiu um arrepio e não soube explicar mas lá no outro canto, percebeu uma outra chama a observar.
Paixão!
Que a pegou de repente, não soube explicar.
Fez-se fagulha de novo, atravessou o ambiente, sem medo da distância e reluzente se uniu ao seu par!
Subitamente, tornara-se uma chama só e entendeu então que fogo, quando nasce e se une a outra chama, mesmo que pequena, é capaz de aquecer e iluminar, ainda que nas nuances de uma pequenina vela  fazer o amor acontecer.

Rô Olem

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