terça-feira, 29 de julho de 2014
Estilhaços
Pra que guerra?
Por que a terra vale mais que o coração?
Até onde as fronteiras podem ser ignoradas
e as vidas, ceifadas?
Por que tanta violência?
Pra que tanta demência?
A terra vai ficando, desolada
o homem vai embora, sem levar nada
Quem tem inocência
carrega a marca do corte abrupto para a cova
ou suas sequelas
para a vida toda, sem boas novas
Com bombas e tiros
plantam as sementes
do ódio, a da morte, da má sorte
O que vem depois?
Não resiste mas persiste
os estilhaços ficam na pele;
as marcas podem sumir
mas as feridas na mente, não
Justificam tudo, como se fosse justificável
matam porque foram ensinados assim
aquele grito encoberto pelas explosões pergunta, abafado, dolorido:
- Quando isso vai ter fim?
Rodrigo Olem
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